apostas 24/01 -A Agência Brasileira de Inteligência monitorou, durante o governo Bolsonaro, uma jornalista que mape

Jornalista Monitoradapostas 24/01 -o por 'Abin Paralela' Combatia Fake News

A Agência Brasileira de Inteligência monitorou,apostas 24/01 - durante o governo Bolsonaro, uma jornalista que mapeou e ajudou a derrubar páginas de bolsonaristas que difundiam fake news nas redes sociais. As informações foram reveladas pelo jornal O Globonesta sexta-feira (1).

De acordo com o jornal, o monitoramento teria sido feito por meio do programa de espionagem israelense FirstMile, que identificava a localização de pessoas a partir da conexão de dados do celular e que está no centro das investigações sobre a atuação de uma suposta "Abin paralela" durante o governo de Jair Bolsonaro. 

Em julho de 2020, um estudo coordenado pela jornalista Luiza Alves Bandeira, integrante da organização sem fins lucrativos Atlantic Council, levou o Facebook a remover 33 contas, 14 páginas e um grupo da plataforma, além de 37 perfis do Instagram, ligados a aliados e a um assessor do gabinete do então presidente Jair Bolsonaro. 

O jornal O Globoteve acesso aos documentos da investigação sobre o uso do software pela Abin que mostram que, um dia após a divulgação do estudo, a agência utilizou o programa espião FirstMile para fazer duas consultas à localização de Luiza. Além do monitoramento, a agência produziu um levantamento com foto e informações da pesquisadora, salvo em dois arquivos no sistema do órgão intitulados "2020-07- Facebook rev" e "Atlantic". 

O monitoramento de Luiza foi feito pela Abin sem que houvesse qualquer plano de operação formal, o que contraria as próprias regras da agência. Ao jornal O Globo, a pesquisadora disse que acredita que foi alvo de espionagem porque estava avançando no combate à desinformação nas redes que apoiavam Bolsonaro. 

"Fui perseguida porque estava começando a dar indícios de toda essa estrutura de vigilância, de operações e rede de influência do governo passado. Espero que tudo seja investigado e que as medidas adequadas contra quem fez isso sejam tomadas."

O caso não é o primeiro envolvendo jornalistas, segundo reportagens que, como mostrou o Brasil de Fato, levaram associações de classe a acionar o Supremo Tribunal Federal para buscar informações sobre os profissionais de imprensa que possam ter sido monitorados durante o governo Bolsonaro.

Em documento protocolado no dia 23 de fevereiro, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) pediram ao Supremo o acesso às informações em busca de reparação, destacando, além da proteção da intimidade, possível violação do sigilo da fonte, um direito constitucional.

Em nota encaminhada ao jornalO Globo,a Abin afirmou que segue "à disposição das autoridades" e que os fatos investigados ocorreram em "gestões passadas". "Os casos apurados ocorreram de forma paralela ao trabalho legítimo e republicano da inteligência brasileira", completou a agência.

Procurado, o diretor da Abin durante o governo Bolsonaro, Alexandre Ramagem não se manifestou. Hoje deputado federal, Ramagem vem negando irregularidades em sua gestão à frente da agência e que estão sob investigação da Polícia Federal. Bolsonaro não respondeu aos contatos de O Globo, mas em outras ocasiões afirmou que não havia "Abin paralela". 

Edição: Thalita Pires


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